Nos últimos anos, técnicas de data storytelling tem sido aplicadas. Porém alguns são elementos cruciais para boas histórias dos dados. Especialmente em apresentações no ambiente de trabalho, em destaque nas reuniões estratégicas.
O data design, faz parte do Data storytelling, técnicas que auxiliam a apresentação de dados de forma envolvente. Além de orientar a criação de narrativas de dados mais compreensivas, cria envolvimento do público-alvo, engajando e encantando.
Vale destacar que o público-alvo pode variar, um supervisor, gerente ou diretor a quem reportamos. Em em algumas vezes, nós mesmos, ao analisarmos e desenvolvermos visualizações de dados. Independentemente do perfil ou das responsabilidades, o público-alvo é aquele que precisa tomar decisões informadas.
Planejar para desenvolver história dos dado
Para desenvolver boas histórias com dados, é fundamental estruturar o planejamento de todo o processo. Isso otimiza tempo e recursos e aumenta a precisão dos resultados. Além de obter boas histórias de dados, o planejamento em equipe é um diferencial, ainda mais quando o público-alvo participa.
O planejamento começa descobrindo o objetivo do público-alvo. Esse público pode ser o destinatário da apresentação ou quem solicitou a história dos dados. Com esse objetivo claramente definido, passamos a buscar e organizar os dados necessários.
A estruturação dos dados—incluindo coleta, armazenamento, organização, acesso e governança—é essencial para contar uma boa história. Sem dados organizados e confiáveis, nossa narrativa se perde e não gera credibilidade. Com isso o público-alvo não se engaja ou não percebe os objetivos propostos.
Uma metodologia ágil como o Data Storytelling Canvas pode ajudar a organizar essas etapas, facilitando o diálogo entre os participantes da equipe, incluindo apoio externo, como por exemplo a equipe de banco de dados.
Cinco elementos chave para boas histórias dos dados
1. Escolher visualização adequada: Utilizar a visualização de dados mais adequada para atender os objetivos de comunicação e a compreensão do público-alvo, é essencial para transmitir as informações e insights de modo eficaz. Mesmo utilizando softwares de análise e visualização de dados avançados, na maior parte das vezes será necessário escolher visualizações que o público-alvo está mais familiarizado. Por exemplo, se alguém está acostumado a ver gráficos de barra, um gráfico de dispersão pode ser de difícil leitura ou assustar inicialmente.
2. Eliminar elementos visuais desnecessários: Reduzir a desordem visual torna a interpretação da visualização mais fácil, permitindo que o público-alvo se concentrem no que importa. Principalmente em apresentações, uma tela com muitas informações, traz uma poluição visual e uma certa desordem. Em alguns casos podemos suprir títulos de eixo ou mesmo rótulos. Ainda podemos criar uma legenda única para todos os gráficos.
3. Incluir um título explicativo: Um título bem elaborado não só descreve a visualização, mas também orienta o espectador em direção à conclusão desejada ou chamada para ação, funcionando como uma manchete para a história de dados.
4. Direcionar a atenção: Acrescentar ênfases e destaques é fundamental para direcionar e facilitar a leitura das informações. Uma boa história dos dados otimiza a compreensão, direcionando o público-alvo para o que importa em relação ao objetivo. A técnica de foco visual ajuda a guiar a atenção do espectador para os dados mais importantes e para as tendências relacionadas aos principais insights identificados.
5. Adicionar anotações: Anotações fornecem informações contextuais ou explicativas diretamente na visualização, ajudando a esclarecer ou enfatizar os postos-chave e tendências. Elas podem ser gráficas ou textuais, acrescentando conteúdo relevante a história dos dados.
As técnicas de data design potencializam as histórias dos dados
O data storytelling emerge como uma ferramenta essencial na era da informação, transformando dados complexos em narrativas envolventes e compreensíveis.
Utilizando técnicas adequadas de data design, com eliminação de elementos desnecessários, direcionamento de atenção, anotações informativas e títulos explicativos, conseguimos criar histórias de dados que não só informam, mas também influenciam decisões e ações.
Ao integrar a alfabetização em dados e o storytelling em nossa prática, podemos comunicar insights de forma clara e eficaz, capacitando nosso público-alvo a tomar decisões mais informadas e estratégicas.”
Stéfano Carnevalli é Data Storyteller, CDAO do grupo Data Bio Tec e realiza pesquisas sobre o tema, além de ministrar treinamentos incluindo temas como Fluência em Dados e Data Literacy.